Enquanto espero a maré mansa chegar, vou me virando como posso. O ponto alto foi certamente o pré-Carnaval do Rio de Janeiro.
No mais, muito de mais do mesmo.Hoje acordei toda entusiasmada com o projeto renovação da casa. Estava eu toda contente, com um calor da porra, fazendo uma jardinagem básica na encosta perto de casa, tentando manter o que resta dela, quando eis que surge para estragar a festa. Sempre tem alguém ou alguma coisa para estragar. Putz grila! Eu, toda emocionada, com todo carinho, dedicação, pensando no meu, no seu, no nosso futuro , cuidando das flores do meu jardim, quando surge uma criatura horrorosa, super estraga prazeres. Lacraia maldita. Dou um mega piti. Jogo o vaso para o alto, voa terra para todos os lados enquanto procuro uma vassoura para me defender da peste dos infernos. Nada. Ela se foi. Se entrevou no meio dos vasos, pequena como só ela, da cor da terra. Agora tenho que conviver sabendo que ela existe. Afff. Pelo menos esse é um baixo pequeno dentro os outros.
Quando você acha que está tudo perdido, surge então uma voz meiga no meio da imensidão na net. “ Amiga, você está aí???” Eba!
Falando em lacraia, isso me lembra um outro baixo, que é generalizado, sobre a vida em sociedade. A gente ainda tem muito que avançar, mudar, refletir. Só de pensar que tem gente que te desrespeita pela sua opção sexual ou sua origem, sela ela econômica, social, territorial, religiosa ou de qualquer outro tipo, me dá aquela sensação de que muito tem que ser feito. Referências precisam ser discutidas e trabalhadas, para que as pessoas possam viver com mais dignidade, com mais harmonia. Já basta o sistema econômico, te pressionando por todos os cantos, ainda tem um sistema de ideias que o tempo todo precisa ser combatido, repensado, criticado, para que não seja um cada um por si e isso seja tido como natural, normal. Não, não é.
Ser professor é um pouco isso. Colocar em questão certas atitudes, preconceitos, valores, posturas diante da vida. As vezes em pequenas coisas que acontecem em sala, grandes debates podem surgir. A gente precisa de referencial o tempo todo. Por isso dialogamos, trocamos e reavaliamos nossas posturas constantemente. E depois de um tempo a gente percebe que tem certas coisas que são muito valiosas. São certezas deliciosas da vida. Amizade, respeito ao próximo, socialismo (hehe) e por aí vai.
Eu não mudo de time. Mesmo com todo o repensar, tem certas coisas que a gente carrega para vida. Hoje em dia, desconfio de que tem um papo de muitas incertezas. Incerteza é diferente de reavaliar posições. Incerteza demais e humanismo de menos. É o egoísmo tomando conta da situação. Estou incerto, será que isso é bom para mim? Esse para mim esquece que a vida é feita de gente que te cerca e suas atitudes não podem ser baseadas somente no que é bom para você.
Pena que tem tanto sanguessuga no caminho para dar umas empatadas de vez em quando, mas até com eles a gente aprende. Aprende tudo que a gente não quer ser!
Só vocês!
Paulinho e Martinho em Maré Mansa
Pena que tem tanto sanguessuga no caminho para dar umas empatadas de vez em quando, mas até com eles a gente aprende. Aprende tudo que a gente não quer ser!
Só vocês!
Paulinho e Martinho em Maré Mansa
Projeto Reforma sofreu uma baixa hoje. Precisando de um arquiteto bom, bonito e barato!
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