quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Os analfabetos e a escola

O link se refere a um Brasil com 13 milhões de analfabetos e ao método de erradicação do analfabetismo em Cuba.
Discussão séria que a sociedade brasileira precisa fazer.
Muitos desses analfabetos estão nas escolas. Com muitos amigos professores, é comum ouvir que esses alunos chegam no ensino fundamental sem saber ler e escrever. Alguns largam a escola, por inúmeros motivos e, anos depois, retomam os estudos, no ensino médio. E ainda sem saber ler. Então eles passam, sem saber ler, ganham diploma, entram nas estatísticas de menos um analfabeto, mas continuam analfabetos. Problema sério nos números e nas escolas.
Os professores não sabem o que fazer com esse aluno. Não fomos preparados, nas universidades-castelo-burguesas, para esse tipo de realidade. E as escolas não sabem o que fazer. E não arriscam, não tentam. Não as que eu conheço.
No ensino de geografia, isso fica ainda mais complicado. Geralmente, nas escolas do Rio de Janeiro, são alunos trabalhadores, migrantes e de zonas rurais de todo o Brasil. Têm muita bagagem, têm muito conhecimento, têm muita estória para contar. E pela oralidade eles passam na matéria, acompanham o debate e, claro, nos ensinam muito. Várias vezes me peguei em situações difícies de ter que refletir sobre a reprovação de um aluno por ele não saber se expressar através da linguagem escrita.
E isso só vai adiante se for debatido em conjunto. Viva a experiência cubana!

Um comentário:

  1. Achei que tinha conseguido incluir a página. Não foi. Coloco agora.
    http://www.mst.org.br/node/11082

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