Milhares de profissionais das escolas estaduais decidiram em assembleia no Clube Municipal, na Tijuca, hoje (14) à tarde continuar a greve da categoria. Como o governo não acenou com nenhuma contraproposta às reivindicações, os profissionais de educação estaduais não recuaram e decidiram pela continuação da greve, agora com mais de uma semana de duração, tendo sido iniciada dia 7.
A estimativa da assembleia é que a mobilização aumentou e já atinge 70% dos profissionais. Na sexta-feira, dia 17, a categoria realiza uma passeata da Candelária até a sede da Secretaria Estadual de Planejamento (Seplag), às 10h. A próxima assembleia será segunda-feira, dia 20, às 14h, em local a confirmar – o sindicato espera que o governo faça uma contraproposta até esta data. Eis as principais reivindicações da educação do estado:
Reajuste emergencial de 26% - o piso salarial hoje é R$ 610,00;
2) Incorporação imediata da totalidade da gratificação do Nova Escola (prevista para terminar somente em 2015);
3) Descongelamento do Plano de Carreira dos Funcionários Administrativos da educação estadual, entre outras reivindicações.
No dia 9, a partir de iniciativa do sindicato, ocorreu uma audiência com o secretário estadual de Educação Wilson Risolia. Ele informou, no entanto, que somente no segundo semestre é que o governo poderá falar alguma coisa sobre reajuste salarial. Para o Sepe, o governo vem tratando com descaso todos os pleitos salariais desde o início do primeiro mandato do governador Sérgio Cabral, em 2007. Ou seja, o culpado por uma greve longa será o governador.
Na primeira semana do movimento ocorreram diversas manifestações, incluindo uma grande passeata no Centro do Rio, dia 10, quando cerca de três mil professores, funcionários e alunos caminharam da Candelária à Alerj, onde se encontraram com os bombeiros em greve; já no dia 12 categoria participou da passeata convocada pelos bombeiros, que juntou dezenas de milhares de pessoas na orla de Copacabana.
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Carlos, pelo pouco que entendo da rede em que trabalho, acredito que a politização é muito importante e o SEPE deve estimular isso entre as escolas. Não acredito que o papel fundamental do sindicato seja a profissionalização dos professores e também nao identifico isso como o grande problema da rede estadual nesse momento. Eu penso que o SEPE é um instrumento de luta e o sindicato somos nós. Se tem um grupo a frente agora, ele nao será o mesmo amanhã e nem foi o mesmo ontem. Se foi ou se será, é porque nós deixamos. A responsabilidade é de todos nós e é por isso que lutamos. Nao concordo também que a qualidade do profissional no ensino continua péssima. Essa nao é a questão. A questão é a condiçao em que trabalhamos. O salário é fundamental, mas nao basta. Deve acontecer uma profunda democratização da gestão da educação, para que a gente possa definir e decidir sobre orçamento, as políticas tanto gerais quanto as mais pontuais, assim como uma mudança radical na organizaçao da própria escola, partindo do elemento básico que é a eleiçao para direção. Isso faria uma grande diferença na nossa concepção de vida.
ResponderExcluirAgradeço pelo debate. É por aí que as transformações começam.