quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Rage against the regime: Egito e o nosso Senado.

Egito. Esse é um dos  grandes temas do momento. Não tem como não se sensibilizar com o que anda acontecendo por lá. Que bom que uma mídia alternativa existe e consegue trocar informações de diferentes partes do mundo divulgando uma visão mais real dos fatos. Agora você ao menos entende que tem pelo menos dois lados num determinado evento. Antes, era o poder aliado a algum poderoso, geralmente aos americanos, de um lado, e uns arruaceiros que decidiram quebrar tudo na rua sem motivo algum do outro. Passamos anos tendo que ouvir e ver essas asneiras na TV. Formas ideológicas de retratar as relações internacionais. Técnica semelhante era usada para as questões nacionais, claro.

Com a difusão de uma rede de pessoas comprometidas com outras versões, o acesso a informação melhorou muito. Mas no caso do Egito senti que ainda falta informação com mais análise. Claro que a preocupação é mostrar os fatos ali, no dia-a-dia, as pessoas tomando as ruas, a reação do governo, dos militares, as declarações de todos os lados. Mas eu queria mais. Então você passa a ser bombardeada com links de jornais de todos os lugares, com comentários de todos os tipos. A partir daí você começa a formar uma opinião do que acontece. A informação não vem mastigada e pronta, a luta do bem contra o mal, com ceninhas criadas. A questão é bem mais complexa. Envolve uma série de fatores.

Coisas que chamaram atenção:
1- Passamos anos sem ouvir falar do Egito, tirando as pirâmides, principalmente naqueles filmes boçais tipo sessão da tarde, já preparando uma imagem de que os árabes eram os vilões da parada.
2- Imagens impressionantes de povo na rua por vários dias. Continuam nas ruas.  Emocionante.

3- Cenas deprimentes de gente armada partindo para cima da população em manifestações legitimas.
4- É uma ditadura de 30 anos.
4- Depois de Israel, o Egito é o país que mais recebe dinheiro dos EUA, dinheiro usado para compra de armas.
5- O povo pede democracia e os americanos apóiam uma ditadura. Cuba é crucifica por ser ditadura e sofre com o maldito bloqueio.
6- A preocupação dos donos do poder com o Canal de Suez e com os impactos na bolsa de valores.
7- No Brasil, o silêncio do Ministro das Relações Exteriores a e saudade do Amorim.
8. Sobre a oposição no Egito http://cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17353

Charge de Carlos Latuff


O que virá agora?  O que pode o poder popular? Quem tomaria o poder com a saída de Mubarak?

Enquanto isso vamos esperar a inspiração “Que Mara, Mara, maravilha ê, Egito, Egito Ê” baixar nos brasileiros. Sarney pela frente novamente. Reeleito presidente do Senado. 70 votos contra 8, apoiado por Dilma. Ai...

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