sábado, 30 de julho de 2011

Marcha por uma Copa do Povo: Fora Ricardo Teixeira

Vídeo interessante da Frente Nacional dos Torcedores. Reúne algumas denuncias relacionadas a preparação da Copa no Brasil e suas irregularidades.


Sempre achei o máximo a energia dos estádios lotados, cada um torcendo para o seu time. Imagina essa força exigindo nossos direitos e uma sociedade mais justa? Ai, ai... Se a gente soubesse o poder que a gente tem...

 Hoje tem ato no Largo do Machado

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Professores em greve no Rio de Janeiro continuam acampados

 

Os trabalhadores da educação do Rio de Janeiro têm dado um exemplo de resistência a um modelo político que desconsidera totalmente a educação pública e de qualidade. Pararam e estão acampados na porta da secretaria de educação exigindo uma negociação digna.

É como se não desse mais para aguentar. 
A precarização do trabalho está atingindo níveis realmente intoleráveis. 

O que mais assusta é que estamos no fundo do poço na rede estadual. Quando entrei como professora da rede, fiquei realmente impressionada com a força dos que movimentam aqueles espaços, as escolas. É nítido que o que tem sido feito pelos órgãos governamentais, tem como claro objetivo acabar com a educação de qualidade para o povo. E que você desista, de diversas formas, trocando a rede por um outro trabalho ou fazendo o mínimo possível ali dentro para não acabar com o pouco de energia que te sobrou de uma semana inteira de trabalho em diferentes lugares.
Mas a gente não desistiu e está aí mostrando que a educação tem que ser prioridade. E sem a valorização dos seus trabalhadores, a gente não avança. Tem que começar por aí. E esse governo mostra a cada dia que a educação não é a sua prioridade. Fora Sérgio Cabral!

domingo, 24 de julho de 2011

Escola não é fábrica, aluno não é mercadoria e educação não é negócio

Essas três frases resumem bem parte da realidade da Educação no estado do Rio de Janeiro. Refletir sobre elas pode trazer um melhor entendimento do que tem acontecido hoje nas nossas escolas públicas.

Quando dizemos que a escola não é fábrica, a crítica recai sobre a lógica produtivista por trás das medidas que norteiam a educação, como o atual Plano de Metas do Governo do Estado do Rio de Janeiro, tão criticado pelos profissionais da educação. Para mais informações sobre ele, sugiro a leitura do texto
http://www.uff.br/observatoriojovem/materia/plano-de-metas-da-educa%C3%A7%C3%A3o-do-rio-de-janeiro-do-economicismo-ao-cinismo

Mas vai além. São vários os sentidos dessa frase.

Ela definitivamente não é usada para criticar o ofício do operário em uma fábrica, mas a sua condição de alienação no trabalho devido às condições impostas pela acumulação do capital a partir da extração de mais valia do trabalhador. Ou seja, professores (assim como os operários) são submetidos a longas jornadas de trabalho, que podem ser repetitivas, devido a quantidade de alunos e turmas (imaginem corrigir provas/ trabalhos/ avaliações de 400 alunos por bimestre e ao mesmo tempo preparar aula e dar aula em diversas escolas?) e, pela falta de tempo, dissociam o trabalho cotidiano de uma reflexão sobre sua prática para garantir sua sobrevivência. Sua hora-aula é baixíssima. Isso garante menos investimento em educação por parte dos governos, e mais gastos em obras desnecessárias, por exemplo. A lógica da fábrica capitalista é produzir mais por menos. Escola é outra coisa.

ALUNO NÃO É MERCADORIA
Assim, o aluno se torna uma mercadoria (a mercadoria é um produto do trabalho) e não é visto como gente, que tem, no seu processo de formação, necessidades e especificidades diferentes da produção de uma televisão, geladeira ou cadeira. Ele é visto como um número, uma meta.

Para a secretaria de educação, a preocupação são os números, principalmente os índices que medem a qualidade da educação, como o IDEB. Assim, todas as tentativas de mudança do sistema educacional são em vão, pois desconsideram as opiniões e reinvidicações dos profissionais de educação. Educação de qualidade para todos não faz parte dos Planos desse governo, principalmente porque um plano para dar certo, tem que ser construído coletivamente. E não é isso que vem acontecendo.
Ou seja, o fetichismo da mercadoria de Marx, que corresponde a tentarmos ir além da aparência do momento da troca de mercadorias, e passarmos para o processo da sua produção para entender o que há por trás da mercadoria, pode ser um paralelo para refletir sobre o fetichismo das notas.

Atualmente, o governo tenta culpar professores pelas baixas notas dos alunos. Seu plano é o de incentivar o “bom professor”, dando a ele um salário diferenciado (como já acontecia com o Nova Escola), estabelecendo metas por escola. Para quem lida diretamente nas escolas, fica mais do que claro que a educação não vai mal por causa dos professores, mas sim, pelas as condições em que esses profissionais trabalham.

PROFESSOR TAMBÉM NÃO É MERCADORIA
O professor, que tem sua força de trabalho vendida, como todos os outros trabalhadores, tem sido duramente penalizado nos últimos anos. O valor da sua força de trabalho é determinado, como o de qualquer outra mercadoria, pelo tempo de trabalho necessário a sua reprodução e, para manter-se, precisa de certa soma de meios de subsistência (já dizia o bom e velho Marx). Ou seja, se Rio de Janeiro tem aparecido na mídia local e internacional como uma das cidades mais caras do mundo para se viver, isso significa que a soma dos meios de subsistência aumentou! Tem ficado mais cara a reprodução do trabalhador nessa cidade. Soma-se a isso, o crescimento da economia local, o que mostra que os salários devem e podem aumentar, uma vez que há verba para isso. Falta um plano sério para a Educação, que passa também pela valorização dos seus profissionais.

EDUCAÇÃO NÃO É NEGÓCIO
Não é algo que deve ser produzido pensando em fazer lucro, na produtividade, na concorrência e eficiência. Não deve ser pensada apenas através da lógica do custo- benefício, mas sim, na emancipação. Deve fazer parte de um projeto de nação que priorize a vida, a cooperação, o coletivo e a superação das nossas violentas desigualdades sociais. Acima de tudo, educação é um direito.

Infelizmente, o Estado está tomado pela lógica dos negócios. Enquanto for assim, é luta de classes, não tem jeito. E a greve é um dos instrumentos legítimos dessa luta. Estamos nela e vamos até o fim.

Pela valorização dos profissionais da educação e por transformações significativas na nossa condição atual.

Um projeto de nação mais justa passa pela valorização da educação.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Assembleia, ato e acampamento na ALERJ 12/07

É isso.

Momento decisivo para a mobilização dos profissionais da educação. Amanhã tem ato, assembleia e depois vigilia na ALERJ. Que a gente consiga trazer a educação para o centro de um projeto de nação novamente. Até amanhã.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Qual é o século desse homem?

Mais uma para a sessão" testes". A revista Nova me inspira, o que eu posso fazer? Sem contar, claro, com as ilustres presenças dessas almas penadas dos séculos de outrora que insistem em nos rodear. Não deixa de ser divertido ter esse contato com o passado, inspira!

Os sinais dos homens dos séculos passados são simples:

1) Não gostam que a mulher se mostre independente. Ela deve aparentar sempre submissão ao macho.
Eles adoram achar que ainda têm o controle da situação. Qualquer sinal de autonomia, eles correm.

2) Não aceitam questionamentos sobre sua forma de dirigir.



Ao acelerar, mostrarm todo seu poder ao volante. Para eles, você deve sorriar, mesmo se a sua vida estiver correndo perigo.
Ah, se o carro for grande, ainda tem um ditadinho antigo. Sabe, né?





 3) Sexo, para eles, é sem camisinha, mesmo saíndo com diferentes mulheres.
Desconhecem o termo DST. Não é do século deles. Esses são os mais perigosos. Mesmo!

4) Sempre diga o que eles querem escutar.
Sabe aquela noite que ele inventou uma briga  completamente sem pé nem cabeça somente para sair só, por exemplo? Você, que não é do século passado nem nada, tratou de arrumar alguma coisa boa para fazer. Sim, existe divertimento sem o macho alfa, mas eles adoram ouvir que ficamos em casa vendo novela, esperando o ogro voltar. Tão mais simples dizer abertamente que quer sair só.
Isso é muito moderno para eles.

5) O homem do século passado prioriza A beleza e a utilidade feminina (cama, mesa e banho, sabe?).

Nem sempre a beleza que ele cultiva é a sua. A do vizinho é sempre melhor. Homem do século passado que é do século passado não pode levantar muito a moral da parceira pois, como mostra o item 1, eles estão sempre por cima!




6) Falando em cama, mesa e banho, você, mulher, é que deve arrumar tudo. Esse sinal é báaaaaasico que ele não é desse século!



 7) Claro, para finalizar, a  forma mais simples de reconhecê-los é pelo fim. Trocam de parceiras (ou tentam) como gostariam de trocar de carro. Mas, lógico, a gente percebe bem antes e vaza!

8) Tem mais essa. Jamais mostre muito interesse por um homem do século passado.
Eles não entendem o conceito moderno de companheirismo e parceria entre casais. Se demonstrar afeto em demasia eles tremem sem saber o que fazer, o que provavelmente leva ao 7.

Reza a tradição (leia-se "cultura machista") que assim foi, assim é e assim será.

Será?

Pior é que é um questão de escolha. Para ser  um homem do século passado, só se quiser.
Agora, nada de fachada! Saia do armário e assuma.
E já deu desse papo.