domingo, 6 de fevereiro de 2011

O que elas querem

Domingo.
Como gosto de fazer, acordo, leio várias noticias, jornais, artigos em blogs, facebook, twitter e coisa e tal. As vezes encontro coisas maravilhosas, textos interessantíssimos sobre o mundo em que vivemos, dicas culturais e tantas outras. Só que eu me deparo também com coisas absurdas, entediantes, preconceituosas e chatas. O PIG é mestre nisso. Na realidade, comecei a escrever esse blog porque achei a tal “ blogosfera” muito mais interessante do que a orkutosfera e principalmente a facebookosfesra, essa, para mim, a pior de todas. A quantidade de inutilidade e de exposição, principalmente de imagens da vida alheia, me enchia um pouco a paciência.
Hoje vi uma discussão na facebookosfera sobre a proliferação de blogs e os malefícios disso para a literatura. Confesso que me irritei um pouco, mas decidi não entrar na discussão e refletir um pouco sobre o assunto. Realmente, esse é mais um blog de, ou seja, os blogs estão se proliferando. Mas quer saber? Acho isso ótimo! Adolescentes estão escrevendo sobre a sua vida pessoal e tem gente que não se interessa por isso? Maravilha. Procure outro blog. Que bom que elas se expressam, trocam com os outros, organizam suas ideias, compartilham. Mulheres estão escrevendo sobre seus relacionamentos fracassados? Ótimo, tem gente que adora isso, se identifica, se emociona, identifica padrões de comportamentos, sei lá. A diferença na Internet é que as opções são muitas. Isso é um grande avanço. Na TV você não pode fazer isso. As opções de programas, principalmente na TV aberta, são reduzidíssimas. Passamos a vida sem poder escolher o que íamos assistir. Agora qualquer um, desde que tenha acesso a Internet, pode criar uma página e expressar suas opiniões, divulgar pesquisas, imagens, dicas, promover encontros. Acho isso ótimo, desde que  seja usado para trocar e não para ofender e coisa e tal. A literatura não vai ser afetada por isso. Ela continuará lá, tendo seu papel importantíssimo na composição de um povo, na estruturação do caráter, da língua. Muito do que é feito na blogosfera não se pretende literatura, o povo quer mesmo é se comunicar. E se você não se interessa pelo o que está escrito, não leia!
Outra coisa que chamou atenção ontem foi um dialogo curto com uma amizade dessas que você faz na rua e provavelmente não vai ver nunca mais. Chega o tal do fulano que solta a pérola: “ Tudo bem, já sei que você não vai para onde estou te convidando, estou lendo Comequirezakamá, estou entendido das mulheres!” . Achei o comentário um tanto absurdo, não entendi quem o fulano estava lendo, cheguei até a achar que era algum guro indiano e obviamente não dei muita bola.
O fulano até que quebrou um galhão, o carro não ligava de jeito nenhum e ele, naquele jeito bruto, tira a moça de dentro do carro e mexe daqui, mexe de lá, até que algo acontece. E não é que o diacho funcionou? Depois ele manda novamente o tal comentário, se achando o conhecedor do universo feminino: “estou lendo Comer, rezar e amar. Estou entendendo vocês”. Eu, mega contente com a reanimação do carro e louca para sair dali, continuei sem dar bola e ignorei mais uma vez o comentário.
Hoje, quando acordo, lendo as manchetes do PIG, vejo coisas do tipo “ atriz tal, naturalmente sensual” ou “atriz x emagrece e arrasa”. Aquela cena do dia anterior me voltou a cabeça. Até dei um crédito para o fulano, preocupado em compreender as questões femininas, mesmo discordando de suas estratégias. Continue lendo, meu caro, isso faz bem sempre.
Eu deixo uma dica para tentar sanar sua dúvida em relação as mulheres: respeito. Pratique isso, com as mulheres e com todos os seres, e assim caminharemos juntos. Cada um tem seu cada um, quer uma coisa ou outra. Mas sem respeito, não dá. Pense nisso toda vez que quiser compreender melhor as mulheres.

E quem não quiser ouvir as minhas impressões, que leia outro blog!hehe
Acho que a Aretha concorda comigo!

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