quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Chuva, erosão, luta pela moradia e PIG

Até agora, 257 mortos em Teresópolis, Petrópolis e Friburgo. E continua subindo.
Na TV, imagens com resgates feitos pelos próprios moradores.

Especialistas em mecânica do solo são chamados o tempo todo pelo PIG para falar sobre as encostas íngremes, os tipos de solo, São Pedro, a quantidade de chuva e tal. São aspectos importantes no planejamento das cidades e devem ser monitorados. Repasse de recursos do governo federal, previsão do tempo, mapeamento de áreas de risco, planos de evacuação e projetos de drenagem são temas fundamentais que devem ser tratados nas diferentes esferas do governo.
Agora, comentários do tipo: “Você não vai resolver isso em 24 horas. Você não pode criticar as autoridades por isso” são um tanto quanto irritantes, principalmente em lugares com histórico de eventos como esse. Não é que de repente, num ato excepcional, choveu muito nesses lugares. Claro que dessa vez foi uma tragédia enorme, ampliada pela falta de sistema de alerta, de prevenção, investimentos e tal. Mas as chuvas acontecem regularmente, as perdas acontecem regularmente. Só que elas ganham muito destaque quando as grandes tragédias acontecem. Mas estava acontecendo antes e ia acontecer justamente pela falta planejamento, que engloba vários aspectos da cidade, não somente a análise técnica da situação.

Finalmente escuto: “Evitar a ocupação dessas áreas. Isso é um programa habitacional!” Enfim!! Jornalista tenta rapidamente mudar o foco: “aí entra o problema de fiscalização”- não!!!, esse não é o tema central. Deixa o cara continuar. O entrevistado explica então a falta de investimento em moradia popular no Brasil. Ótimo. Foi totalmente inesperado para os entrevistadores que mudavam de assunto sempre que ele falava sobre isso. Precisamos discutir e tratar com seriedade a situação das moradias, principalmente as populares no Brasil. E continua: “A tendência é piorar”. Pior é isso. Alouuu Ministério das Cidades, Prefeitos e Sérgio Cabral!!!

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